Minha jornada como tatuadora começou alguns meses antes da pandemia do Covid-19.
Em um momento tão instável e cheio de dúvidas, adaptei um espaço na minha casa para colocar em prática o que havia aprendido recentemente no curso de tatuagem.
Como resultado, ofereci para as minhas clientes um ambiente limpo, claro, seguro e com um atendimento individual. Naquele momento eu fiz o que estava ao meu alcance, mas não tinha ideia do que o meu ambiente e a minha recepção empática seriam capazes de despertar nas minhas clientes.
Ao longo dos meus atendimentos percebi que minhas clientes tinham emoções afloradas, motivos realmente fortes e marcantes, algumas choravam durante o processo.
Neste momento eu percebi que apesar da minha gratidão em fazer parte de momentos tão importantes na vida delas eu não estava preparada para entender o que elas estavam passando, e dar algum tipo de suporte. Eu não podia mais fingir que não estava vendo, aquele processo, aquele ritual e comecei a me perguntar....
"O QUE FAZ UMA PESSOA PROCURAR UM PROCEDIMENTO QUE CAUSA DOR, PERMITE QUE OUTRA TENHA CONTATO COM SUA ENERGIA VITAL ESSENCIAL, O SANGUE, E QUE RESULTE EM UMA MARCA PERMANENTE?"
Na minha busca por entendimento tracei um caminho, de autoconhecimento, comecei a olhar para as minhas clientes mas também para mim como uma forma de lidar com os sentimentos e energias que me cercavam. Encontrei muitos artigos, estudos e livros; de cientistas, psicanalistas e terapeutas. Mais do que isso, encontrei um grupo de pessoas interessadas na melhora dos seres humanos como um todo. Essas pessoas são as que hoje integram e fazem o NUSPI acontecer.